NENHUM PASSO ATRÁS: PRISÃO PARA BOLSONARO E DITADURA NUNCA MAIS

15 de agosto de 2023

Wildally Souza – Comunicação Nacional da Unidade Popular

Durante os 4 anos do governo Bolsonaro fomos impactados por inúmeros escândalos, retrocessos, maquinações e repressão ao povo pobre. Alguns destes televisionados e midiados, outros como segredos a sete chaves no baú da hipocrisia e autodefesa dos grupos fascistas. Bolsonaro fez da vida do povo pobre um inferno, deu cabo e realizou um genocidio durante a pandemia, promoveu e intensificou o genocidio dos povos indígenas, a defasagem na educação, o impulsionamento de fakenews, a privatização de vários setores essenciais para a vida digna da população, além de promover os maiores escândalos de corrupção da história do Brasil no século XXI.

Mesmo depois de termos comido o pão que o diabo amassou durante o governo fascista do Bolsonaro, os resquícios desse período perdura atormentando o nosso povo. Após sua derrota eleitoral, os fascistas que viam em Bolsonaro a personificação de mestre e guia, tentaram de diversas formas acabar com a democracia e a vontade do povo brasileiro. Inclusive, tentaram tomar de assalto o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF no dia 8 de janeiro, a fim de instaurar uma ditadura com um golpe militar, para que, sabido de todos, continuassem se beneficiando das políticas antipovo, que só beneficiam a grande burguesia, seus parceiros e os grandes empresários do país.

Frustrados, os fascistas voltaram para suas casas e tiveram que aceitar que seu mestre e guia era um covarde. Logo após, os escândalos de Bolsonaro vêm à tona e é divulgado seus esquemas de corrupção para enriquecer seus patrimônios. De propina no pneu a ônibus superfaturado, transitando por rachadinha, imóveis em dinheiro vivo e até roubo e leilão de jóias do Estado, o ex-presidente e sua corja fascistas ousaram em suas formas de assaltar o povo brasileiro. Os escândalos de corrupção de Bolsonaro não param de aparecer, aos montes.

O esquema mais recente, a venda e leilão de presentes dados ao Estado brasileiro, evidenciou a farsa “anticorrupção” do ex-capitão do exército defendido pela direita por ser honesto.

A investigação iniciada nesta sexta-feira (11),  revelou que capangas fascistas vendiam jóias e outros objetos de valor recebidos durante viagens oficiais da Presidência da República e repassavam o valor em espécie para Bolsonaro. Essa investigação identificou, até este sábado (12), quatro “conjuntos de bens” ofertados em leilão ou venda direta nos Estados Unidos. Sendo que três desses já foram efetivamente colocados à venda. Estima-se ainda que as transações podem ultrapassar a casa dos milhões. 

Entre os alvos da operação estão o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid; o advogado Frederick Wassef, que representou o ex-chefe do Executivo perante a Justiça; e o tenente Osmar Crivelatti que, assim como Mauro Cid, foi ex-capanga de Bolsonaro.

A investigação apontou que um dos kit de joias masculinas, composto por uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe (masbaha) e um relógio, e chamado de “kit ouro rosé”, foi levado por Cid no mesmo avião em que viajou para Orlando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 30 de dezembro do ano passado, na véspera do fim de seu mandato.

Já nos Estados Unidos, Mauro Cid teria contado com Nicholas Luna, associado à empresa Fortuna Auction, de Nova York. Estabelecimento especializado em leilões de joias e relógios de luxo, para vender o kit de joias.

No celular de Mauro Cid, capanga de Bolsonaro, foram encontradas fotos das joias e de um documento contendo dados com suas especificações, com carimbo da “Chopard Boutique – Attar United Co. Ltd.” e que registra também o número de série do conjunto e número de edição limitada, mesmo número registrado no acervo privado de Bolsonaro, “recebido em 29 de novembro de 2022, por meio do processo SEI 08500.018470/2023-03” 


O desenrolar da investigação sobre as jóias do estado roubadas por Bolsonaro é mais uma prova que ele e sua família nada mais fizeram do que roubar o povo brasileiro durante seu desgoverno. Por isso é fundamental que a luta pela punição e prisão de Bolsonaro não seja relativizada pelos campos da esquerda, e que caminhe junto com a punição dos golpistas de ontem e de hoje.  

Entendendo que só a punição dos golpistas e de Bolsonaro e seus cúmplices é que será possível frear o avanço do fascismo e enfrentar seus resquícios no nosso país, a Unidade Popular, que foi decisiva na derrota eleitoral e despopularização de Bolsonaro, reitera que continuaremos fazendo enfrentamento ao fascismo nas ruas e intensificando de forma massiva as manifestações pela prisão de Bolsonaro e seus cúmplices fascistas pelos seus crimes lesa pátria contra a humanidade, pelos seus crimes contra os cofres públicos e atentado à vida do povo pobre brasileiro.