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Fenaj: violência contra jornalistas dobra em 2020

por unidadepopular

  11 de Fevereiro de 2021

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lançou, no dia 26 de janeiro, dentro da programação do Fórum Social Mundial, o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020.

De acordo com esse relatório, o ano passado foi o mais violento desde que a entidade começou a levantar tais dados, no começo da década de 1990. Um total de 428 casos de ataques a jornalistas foram computados – incluindo dois assassinatos -, o que representa um aumento de 105,77% em relação a 2019, ano em que já havia ocorrido um grande crescimento das violações à liberdade de imprensa no país.

“Na avaliação da FENAJ, o crescimento está diretamente ligado ao bolsonarismo, movimento político de extrema direita, capitaneado pelo presidente Jair Bolsonaro, que repercute na sociedade por meio de seus seguidores. Houve um aumento, não só de ataques gerais, mais de ataques desse grupo, que, naturalmente, agride como forma de controle da informação.” Maria José Braga, presidente da Fenaj.

A presidente da Fenaj também destaca o registro, pelo segundo ano consecutivo, de duas mortes de jornalistas como uma “evidência concreta de que há insegurança para o exercício da profissão no Brasil“.

Sozinho, o fascista Jair Bolsonaro respondeu por 175 registros de violência contra a categoria (40,89% do total de 4287 casos): 145 ataques genéricos e generalizados a veículos de comunicação e jornalistas, uma ameaça à Rede Globo e dois ataques à Fenaj.

Segundo o relatório, houve crescimento em quase todos os tipos de violência. As agressões físicas, por exemplo, eram a violência mais comum até 2018, depois diminuíram em 2019 e, em 2020, cresceram 113,33%.

Também é o caso da violência de gênero. Ainda de acordo com Maria José Braga, os ataques contra mulheres jornalistas cresceram e têm um caráter machista, misógino e sexual, o que, segundo ela, é muito grave.

A Fenaj é uma das entidades que assinam um dos pedidos de impeachment do presidente por crime de responsabilidade contra o direito constitucional da liberdade de imprensa.

Extraído e adaptado do Jornal A Verdade, edição 235, ano 21